Vez que do âmago da consciência espiritual surge a doença primeva da diferenciação consistente na percepção da individualidade, ao animar a realidade espaço-temporal por meio da constituição de organismos e veículos de expressão, estes são invariavelmente impactados e se desequilibram traduzindo as imperfeições alimentadas pela consciência que voluntariamente se eclipsa, negando a verdade absoluta do “uno”, desejando desesperadamente sustentar e se apegar a concepção de “único”.

Livre e conscientemente no exercício dos atributos que lhe são próprios, em especial pela volição, permitiu a consciência espiritual a eclosão da percepção interna (dualidade – aspectos ativos e passivos) e externa (pluralidade – eu / eles “outros”), deflagrando com isso o conflito próprio da quebra consciencial da unidade pela sua polarização, o qual pela experimentação do ternário (gerado), a realidade energética/material – a qual é setenária, é superada.

A consciência espiritual adoecida pela crença na existência da individualidade, auto-obnubilada pela busca da diferenciação manifesta na crença do “eu” / “ego”, ao se libertar da ilusão gerada e alimentada se reintegra consciencialmente com o absoluto da onde obviamente, verdadeiramente nunca saiu.
Nada há além do absoluto / ser espiritual.

Kaananty
Discípulo de Mestre Ygbere
Ordem Iniciática do Tríplice Caminho – Templo do Sr. das 7 Ondas

Este texto é uma reflexão dos ensinamentos de Mestre Arashamanan, transmitidos por meio do mediunismo de Mestre Arhapiagha, expostos na obra Sacerdote, Mago e Médico. Cura e Autocura Umbandista. Editora Ícone.

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